Todo ano de Campanha Salarial, as empresas aéreas vem com o mesmo discurso de que não têm condições de avançar na pauta de reivindicações dos trabalhadores em razão da “crise”.
Esse discurso está mais do batido e não retrata a realidade. Dados da Subseção do Dieese na FENTAC revelam que cerca de 82% das receitas do setor são oriundas da venda de passagens, portanto, do resultado operacional e riqueza produzida cotidianamente pelos trabalhadores.
Outro dado interessante é que o maior custo das empresas é com combustíveis e lubrificantes de aeronave, cerca de 30%, seguido pelos custos com seguro, arrendamento e manutenção de aeronaves (21%); e só depois aparecem os custos com pessoal que representavam, em 2015, cerca de 15% no setor.
Ou seja, a força de trabalho é sempre objeto flexibilização e redução de custos. Apenas nos nove primeiros meses de 2016 foram extintos 4.853 postos de trabalho na aviação civil, mais de 5% do total de empregos no setor!
E as empresas continuam decolando: o volume de passageiros incorporados na aviação nos últimos 10 anos foi de 63 milhões, aumento de 133%!
Já os salários dos trabalhadores, nesse mesmo período, registrou crescimento 13 vezes menor, apenas 9,3%! Olha o absurdo!
GRU Airport
Os embarques e desembarques no Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU Airport), considerado o maior do Brasil, continuam de vento em polpa.
A imagem acima é a do Terminal Internacional de Passageiros (TPS3) e mostra que para milhares de brasileiros (as) a crise passa longe e continuam usando o avião como meio de transporte.
O setor da aviação brasileira continua mantendo nos períodos sazonais, julho, dezembro e janeiro, um bom crescimento em razão das férias escolares.
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