Na audiência, os sindicatos cutistas comprometeram-se a manter um mínimo de 20% da categoria trabalhando durante a greve. “Estamos muito perto de um acordo, mas muito longe de evitar a greve” disseram os sindicalistas.
O acordo não foi possível porque as empresas negam-se a pagar aumento real para os funcionários. Depois de meses de negociação, onde as aéreas ofereceram apenas 3% de reajuste, no TST elas chegaram a propor aumento igual a inflação, mas as categorias, em assembleia, deliberaram que não aprovam um acordo que não signifique reajuste real, ou seja, acima da inflação.
“Zero por cento de aumento real, num cenário de crescimento extraordinário do setor aéreo brasileiro, é um desrespeito à dignidade do trabalhador aeronauta e aeroviário, ainda mais quando os empresários já acumulam mais de 56% de aumento nas tarifas”, afirmam os sindicalistas. “A greve está mantida por intransigência das companhias aéreas. Sem mudança no posicionamento dos empresários, haverá paralisação nos aeroportos”, completam.
Para os pisos salariais, vale-alimentação e vale-refeição, as companhias aéreas ampliaram a proposta de reajuste igual ao INPC para um índice de 10%, o que foi considerado positivo pelos trabalhadores.
As aéreas, que não aceitavam discutir a criação do piso de operador de equipamentos, também mudaram de posição e agora aceitam a criação do novo piso, no valor de R$ 1.000,00. Os sindicatos consideram o valor insuficiente, pois está abaixo do mínimo já praticado no mercado, e propõem um piso de R$ 1.200,00 para os operadores.
A ministra Dora Costa será a relatora dos dissídios de aeronautas e aeroviários que serão julgados pelo TST.
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