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Setor de Security da TAM ou indústria de advertências?

O trabalho, atividade humana criada e produzida coletivamente, é categoria central, medição da sociedade, criador de riqueza e transformação humana. Deveria, portanto, possibilitar o desenvolvimento pleno e responder às necessidades vitais do trabalhador. O ‘colaborador’ deveria se sentir realizado após um dia ou período de trabalho. Já nos falava o saudoso Gonzaguinha: “precisam de um descanso, de um sono que os tornem perfeitos”. Infelizmente, isso não está acontecendo no departamento de Security da TAM. No setor de Raio X, os trabalhadores atuam com medo de errar, pois se isso acontece, são punidos com advertências e cancelamento de benefícios, como passagens aéreas e participação nos lucros da empresa.

O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru), como representante da classe trabalhadora, não está criticando o trabalho em si, mas os meios pelos quais alguns gestores se beneficiam de um processo tão importante para a sociedade, pressionando aeroviários e, às vezes, até assediando-os moralmente, de uma maneira descarada, com punições e advertências encaminhadas ao Departamento Pessoal. 

Esses gestores não se preocupam nem ao menos em analisar as condições inseguras que contribuíram para que um problema ocorresse. Só vêem o ato em si, descontextualizado.

Se o trabalho é visto apenas como forma de obter o lucro, e não como meio também de prestar um bom serviço à sociedade, isso é muito preocupante pra nós.

Quando o trabalhador negar a si mesmo para atender exclusivamente às pressões a que é exposto dia-a-dia, ele não se realiza em seu trabalho, passa a ter medo em vez de satisfação, chegando a sofrer, em muitos casos, distúrbios psicológicos. Negar a si mesmo gera sentimentos de temor em vez de bem estar, reduz energias mentais e físicas, leva à exaustão e à depressão. 

O Sindigru repudia esse tipo de conduta que não respeita o trabalhador como ser humano acima de tudo. O Sindicato vem tentando orientar a gerência da TAM para que atue de forma clara e democrática. A postura que vemos hoje está na contramão dessa visão. Como representantes dos aeroviários – com muito orgulho – mais uma vez deixamos aqui o nosso recado: estamos atentos e tomaremos as medidas necessárias por considerarmos deprimente a forma de gestão do Security da TAM.

“Guerreiros são pessoas, são fortes, são frágeis, guerreiros são meninos no fundo do peito, precisam de um descanso, precisam de um remanso, precisam de um sono que os tornem perfeitos. Um homem também chora, guerreiro, menino (…) NÃO DÁ PRA SER FELIZ!”

O trecho da música de Gonzaguinha expressa de forma poética o sentimento de quem hoje, com responsabilidade profissional, garante o bom desempenho do setor de Security na TAM, mesmo em condições adversas que o levam algumas vezes ao erro, por consequência de uma gestão desumana promovida pela empresa.

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