O supervisor tem como prática agir com truculência, punir por qualquer motivo, ameaçar de demissão por justa causa, negar aos trabalhadores os 15 minutos de descanso que eles têm direito e perseguir os que não concordam com suas “regras”. Existem vários casos de trabalhadores perseguidos que alegam que a frase mais usada por ele é “ou joga comigo ou esta fora do time”. Ele desconsidera qualquer dificuldade enfrentada pelos funcionários, se estão doentes, com sede ou fome. Para ele não importam as necessidades das pessoas; apenas se a aeronave está carregada e pronta para o voo.
A postura insensível e inescrupulosa do supervisor é tão marcante que o Sindicato já recebeu dois abaixo-assinados denunciando seus abusos.
A entidade já conversou com a gerência da Swissport para que tome providências, mas não foi atendida. Diante da omissão, o Sindicato acionou o departamento jurídico e está encaminhando denúncia de assédio moral ao Ministério Público do Trabalho. “Queremos ver como ele se comportará diante da Justiça e se a Swissport vai pagar seu advogado”, dizem os sindicalistas.
O Sindicato também não descarta organizar uma manifestação no saguão do Aeroporto de Cumbica para denunciar publicamente os maus tratos sofridos pelos funcionários que atuam sob o comando do supervisor. “Iremos denunciar o que acontece nos bastidores da empresa. Ainda nos perguntamos como a Swissport, que faz parte de um grupo mundial, abriga nos seus quadros um supervisor incapaz de estabelecer um papel de líder, completamente inábil em coordenar uma equipe e tratá-la com educação e respeito”, ressaltam.
A entidade lembra que o líder deve ter a capacidade de administrar cada membro de sua equipe, garantindo-lhe condições de trabalho e dignidade. Deve ser uma referência para a equipe; não criar um ambiente de ditadura.
Afora os problemas sofridos pelos trabalhadores supervisionados por esse assediador, outros supervisores parecem estar imitando a mesma postura equivocada, uma vez que a empresa está sendo omissa diante do assédio moral. “O supervisor está fazendo escola e já tem algumas chefias acreditando que a postura dele deve ser copiada. Se a moda pegar, os trabalhadores da Swissport serão tratados como servos na Idade Média, ou como escravos, na base do chicote. Era só o que faltava”, exclamam.
A Gol/VRG, ao contratar os serviços terceirizados da empresa, é corresponsável pelos problemas trabalhistas que estão ocorrendo e também está sendo acionada pelo Sindigru para tomar providências. O Sindicato vai lutar até o fim para garantir um ambiente de trabalho respeitoso e saudável para os aeroviários da Swissport e irá recorrer aos órgãos públicos necessários.
Adicionar Comentários