Os sindicatos de aeroviários denunciaram alterações constantes nas escalas, nas folgas, horários de trabalho e dobra de jornada. Também relataram que a forma como vem ocorrendo o balanceamento de aeronaves induz a erros que podem colocar em risco a segurança de voo. As entidades apresentaram um e-mail da chefia da manutenção da empresa no aeroporto de Confins (MG), que “ensina” a maneira correta de dividir as horas extras no sistema para maquiar a dobra de jornada. A Gol disse que o documento reflete atitude de um funcionário que já foi punido. Os sindicatos de trabalhadores contestaram, afirmando que o chefe continua trabalhando e fazendo as mesmas exigências.
Frente às denúncias de assédio moral na companhia, a Gol informou que está implementando treinamento de ética para funcionários e um programa específico para lideranças. Os sindicalistas afirmam haver truculência e tratamento diferenciado entre categorias. “Tratam mal os aeronautas, e pior ainda os aeroviários” disse Selma Balbino, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários.
Na audiência, foi anunciado o reajuste de 20% no valor da hora de voo dos pilotos e comissários, reivindicado pelo SNA, que será pago a partir de 1º de setembro.
A procuradora Laura Martins de Andrade deu prazo de cinco dias para que a Gol apresente um plano de ação que atenda às reivindicações de aeronautas e aeroviários. O SNA terá o mesmo prazo para apresentar as escalas de agosto e setembro que extrapolaram os limites legais. Após, as partes terão cinco dias para se manifestarem sobre a documentação entregue pelas demais. Se não houver acordo, o caso poderá ser encaminhado à Procuradoria Geral do Trabalho, em Brasília, para investigar as denúncias feitas pelos trabalhadores.
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