Em reunião realizada nesta quarta-feira (2/12), entre os sindicatos cutistas de aeroviários e aeronautas e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), o representante das empresas, Odilon Junqueira, declarou que “as negociações estão encerradas, os trabalhadores satisfeitos e o reajuste dos salários não é necessário”.
Junqueira disse ainda que espera contato dos sindicatos para a assinatura da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A proposta final das empresas é de aumento igual ao INPC acumulado do ano, que deve ficar abaixo de 4,5%. Os trabalhadores defendem 10% de aumento, novos pisos e itens sociais.
A postura de Junqueira foi duramente criticada pelos dirigentes sindicais, que iniciam a partir de agora convocação de assembleias gerais de trabalhadores até o dia 9 de dezembro.
O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) realiza assembleias em todas as suas bases, no dia 9 (próxima quarta-feira). Elas serão itinerantes, nos aeroportos. No Rio, a assembleia do SNA acontece no aeroporto Tom Jobim. Em Belo Horizonte, tanto no aeroporto de Confins quanto no de Pampulha.
Para o presidente da Fentac/CUT, Celso Klafke, o setor aéreo é um dos que mais tem se beneficiado com o aumento do poder aquisitivo da população, e não é correto que, frente a grande recuperação das companhias e aumento da demanda, os funcionários não sejam valorizados com um aumento real nos salários.
“Ao longo das diversas crises do setor, sempre que as empresas precisaram, elas procuraram os sindicatos em busca de apoio. A resposta aos trabalhadores, em meio ao excelente momento em que elas vivem, é revoltante”, afirmou.
Para as entidades cutistas, não há outra alternativa que não trabalhar com a rejeição da proposta do SNEA e o indicativo de greve, previsto para os dias 23 e 24 de dezembro.
No dia 1º de dezembro, os sindicatos realizaram ato unificado da campanha, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). O próximo grande ato deve acontecer no dia 10 de dezembro, no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
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