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Trabalhadores do setor aéreo ameaçam greve

Aeronautas e aeroviários pretendem paralisar atividades caso as companhias não concedam aumento real nos salários Os trabalhadores da Aviação Civil podem entrar em greve na véspera do Natal deste ano (início da alta temporada), caso as empresas aéreas não concedam aumento real nos salários das categorias.

A afirmação foi feita hoje, pelo presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT), Celso Klafke, durante ato da campanha salarial, no Aeroporto Internacional André Franco Montoro (Cumbica), em Guarulhos (SP).

 


Celso Klafke, presidente da Fentac/CUT, durante manifestação em Cumbica

Cerca de trezentos manifestantes participaram da atividade promovida pelos sindicatos cutistas de aeroviários e o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). Os trabalhadores defendem aumento de 10% sobre os salários, criação de novos pisos e itens sociais. Nesta quarta-feira (2/12), os sindicatos de trabalhadores reúnem-se com representantes do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), para dar continuidade às negociações pela renovação da Convenção Coletiva de Trabalho das categorias. A data-base é 1º de dezembro.

As empresas afirmam que não podem reajustar os salários acima da inflação e propõe aumento de cerca de 4% aos trabalhadores. O SNEA também quer ampliar de 30 para 60 dias o período para compensação de horas extras, o que é rechaçado pelos sindicatos das categorias.


O presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, Orisson Melo, durante o protesto

Para os sindicalistas, a proposta das empresas é uma contradição frente ao ambiente econômico do Brasil, o cenário de recuperação financeira das companhias e o crescimento da demanda no país. "As empresas nacionais do setor aéreo passaram incólumes pela crise internacional em razão da atitude do governo, que apostou no crescimento da economia e do poder aquisitivo do povo, e têm demonstrado resultados financeiros crescentes. Portanto, não têm argumentos para justificar um aumento apenas alicerçado na inflação", afirma Klafke.


Caminhada dos aeronautas e aeroviários, no aeroporto de Cumbica, durante ato da campanha salarial
Fotos: Henrique Lessa/Ag. Virya

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