O objetivo da audiência era definir os critérios para a divisão dos R$ 310 milhões obtidos com a venda da propriedade. Além do sinal já depositado em juízo, outros R$ 250 milhões deverão ser pagos pelo comprador, em cinco parcelas anuais. Contudo, apenas o critério de rateio do sinal pode ser decidido na audiência, pois será necessária a habilitação de todos os créditos trabalhistas para que se possa analisar a forma mais justa de divisão dos valores.
O rateio inicial, todavia, somente será deliberado após ser dada sentença sobre um recurso do empresário Wagner Canhedo, no Superior Tribunal de Justiça. Os ex-funcionários da Vasp poderão habilitar seus créditos no processo somente após essa decisão.
A proposta de divisão igualitária dos valores, nesta primeira etapa, foi feita pelos sindicatos e decidida pelos juízes com a aprovação da maioria dos presentes na audiência. A juíza titular Elisa Andreoni será substituída pelo juiz Fábio Tarda no processo. Ele afirmou que tentará antecipar as próximas parcelas do comprador.
No processo, há ainda outros bens, como a fazenda Santa Luzia, que podem compor os recursos em benefício dos credores trabalhistas.
O presidente da Fentac/CUT, Celso Klafke, participou da audiência, representando a entidade e os sindicatos de aeroviários de Porto Alegre, Pernambuco e Nacional. O Sindicato Nacional dos Aeronautas e o Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos também foram representados por seus dirigentes. As entidades foram acompanhadas por seus advogados, que irão assessorar os ex-funcionários da Vasp que participam das ações movidas pelos sindicatos na habilitação dos créditos.
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