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Campanha Salarial: “Empresas têm condições em avançar na nossa reivindicação de 11%”, destaca Maciel

Trabalhadores rejeitaram proposta das aéreas que previam reajustes parcelados por faixas salariais

Terminou sem avanço a rodada de negociação da Campanha Salarial dos aeronautas e aeroviários, representados pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (FENTAC/CUT), com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA) realizada na tarde desta quarta-feira (27), na sede da entidade patronal, em São Paulo. A rodada acata uma determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Mais uma vez, o SNEA, que representa as companhias TAM, Gol, Avianca e Azul, manteve a proposta das empresas aéreas que previam pagamentos parcelados  por faixas salariais, não retroativos à data-base, 1º de dezembro.

A última proposta rejeitada, apresentada no dia 29 de janeiro nas asssembleias, previa duas possibilidades de reajustes para os aeroviários que ganham entre R$ 1.500 a R$ 10 mil e todos os aeronautas, que consiste: 5,5% em junho de 2016 e 5,5% em setembro; ou 3% em fevereiro e 8% em setembro. Já para os que ganham até R$ 1.500 permaneceria a proposta antiga, ou seja: 5,5% em fevereiro e 5,5% em junho.

Segundo estudo da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na FENTAC, esse formato trará prejuízos ao bolso dos trabalhadores, pois as perdas salariais oscilariam entre 53,16% e 96,22% de um salário mensal ao longo do período em que o reajuste é aplicado.

Insuficiente

A FENTAC/CUT e os sindicatos dos aeroviários de Campinas, Guarulhos, Porto Alegre, Recife e das bases dos Sindicatos Nacional dos Aeroviários e Aeronautas rejeitaram novamente essa proposta das empresas, porque além de não ser retroativa à data-base, acarretará perdas salariais drásticas. Esse formato também foi reprovado em assembleias dos trabalhadores no dia 25 janeiro.

Os aeronautas e aeroviários reivindicam a proposta de reajuste salarial de 11% retroativa à data-base, que fará a recomposição das perdas inflacionárias nos salários. "Reconhecemos o esforço das empresas que saíram do reajuste zero e chegaram aos 11%, mas esse formato de parcelamento por faixas salariais é prejudicial. Lamentamos que as empresas só priorizam seus investimentos e não valorizam os aeronautas e aeroviários que são responsáveis pelo ótimo desempenho do setor”, frisa.

Para o presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru/CUT), Rodrigo Maciel,  a categoria entende que há condições de as empresas elaborarem uma proposta justa, já que o próprio anuário da ANAC de 2015 mostra que a aviação civil apresentou resultados positivos, diferente de outros setores.

As negociações com o SNEA  estão suspensas.

A data-base das categorias venceu em 1º de dezembro de 2015 e estão em Campanha na base da FENTAC 70 mil trabalhadores na aviação civil regular.

Com a colaboração de Vanessa Barboza, da Redação da FENTAC

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