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“No Dia das Crianças, é importante lembrar do Combate ao Trabalho Infantil”, alerta Sindigru

Cerca de 30% das crianças saem da escola para ingressar no mercado de trabalho até os 15 anos de idade

Na próxima segunda-feira (12), feriado nacional religioso, também é comemorado o Dia das Crianças. Um dia, comum para presentear os filhos e filhas, mas também é importante refletir sobre um grave problema social que atinge as crianças no Brasil e no mundo: o trabalho infantil.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou uma Campanha Mundial que tem como foco a importância da educação de qualidade como um passo fundamental para enfrentar e erradicar o trabalho infantil e o Sindigru apoia essa iniciativa.

As estimativas mais recentes da OIT indicam que existem 168 milhões de crianças envolvidas em situações de trabalho infantil no mundo, sendo que 120 milhões delas têm entre cinco e 14 anos de idade. A persistência deste problema tem sua raiz na pobreza, na falta de oportunidades de trabalho decente para os adultos, na falta de proteção social e na incapacidade de assegurar que todas as crianças frequentem a escola até a idade mínima para admissão ao emprego.

Boa notícia

As políticas integradas de combate à pobreza executadas pelo governo federal continuam produzindo resultados notáveis na área social. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Brasil é o País que mais retirou crianças e adolescentes do trabalho infantil nos últimos 12 anos. Entre 2001 e 2013, a redução foi de 58,1% enquanto a média mundial foi de 36% no mesmo período.

De fato, o Bolsa Família tem sido decisivo para afastar as crianças do trabalho infantil. O Censo Escolar da Educação Básica de 2012 revela que a taxa de abandono de estudantes beneficiários no Ensino Médio é de 7,4%, ante 11,3% entre os que não são beneficiárias. No Nordeste, a diferença é ampliada: o índice de abandono é de cerca de 7,7% e 17,8%, respectivamente.

Relatório global

Os jovens que foram sobrecarregados pelo trabalho quando crianças apresentam consistentemente mais chances de precisarem aceitar empregos não remunerados no âmbito familiar e de terem empregos com baixa remuneração.

Segundo o relatório, cerca de 20 a 30% das crianças em países de baixa renda saem da escola e entram no mercado de trabalho até os 15 anos de idade. A maioria destas crianças já esteve envolvida em situação de trabalho infantil antes, segundo o documento.

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