O governador Geraldo Alckmin (PSDB) impediu que urnas de votação do plebiscito pela reforma política entrassem nas escolas da rede estadual de ensino, dificultando a participação da juventude no debate.
A denúncia parte de entidades sociais que organizaram a consulta pública, afirmando que o governo do Estado enviou ofício às escolas estaduais para que os professores evitassem realizar a discussão sobre o plebiscito nas salas de aulas. Além disso, o tucano teria solicitado que diretores não autorizassem as entradas das urnas.
De acordo com reportagem da Rede Brasil Atual, no ABC paulista, nenhuma escola recebeu a votação, afirma a coordenação regional do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Algumas urnas foram retiradas das escolas. Organizadores da consulta popular na região acreditam que o comunicado do governo do Estado, impedindo o debate nas instituições de ensino, culminou numa ação truculenta das direções das escolas para impedir a votação.
“O plebiscito é uma consulta pública. O governo do estado impediu que os alunos fizessem este debate. A atitude de Alckmin foi contrária à participação popular e a democracia”, disse o coordenador do Comitê Operatório do Plebiscito Popular de São Bernardo, Artur Paes Aranão em entrevista a RBA.
Para driblar o bloqueio do governo do estado, organizadores da consulta realizaram campanha de conscientização e votação nas portas de escolas, além de incentivar a votação pela internet.
Resultado
O resultado da consulta será conhecido na próxima semana e encaminhado ao Congresso Nacional, tendo como objetivo pressionar os deputados a convocar uma Constituinte Exclusiva, onde a população elege novos representantes para alterar a Constituição e promover a reforma política.
Redação Sindigru com Rede Brasil Atual
Adicionar Comentários