Os técnicos aeronáuticos da LAN Peru aprovaram por unanimidade a proposta do novo Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com a companhia aérea, evitando a greve que estava planejada para os dias 26 e 27 de junho, no aeroporto de Lima, capital do País. O novo acordo envolve melhorias substanciais nos salários e condições de trabalho.
O representante do Sindicato Único de Técnicos Aeronáuticos da Lan Peru (SITALANPE), Oscar Angosto, explicou que este acordo ajudará a estabelecer um padrão mais elevado na qualidade do emprego dos peruanos que receberão o salário equivalente aos outros países que a companhia atua. “Estamos muito orgulhosos do nosso sindicato e de cada um de nossos membros que permaneceram firmes e de pé nesta luta”
Para Juan Carlos Talavera, secretário de imprensa do Sindicato, os técnicos da LAN Peru tem demonstrado sua capacidade de trabalhar duro e profissionalmente. “A entidade continuara liderando as lutas com as organizações de aviação regionais e internacionais.”, completa.
Tripulação na LAN Argentina
Enquanto isso, os trabalhadores que operam na cabine da tripulação se preparam para a uma greve,ainda sem data definida. Desde 2005, quando começaram as operações na Argentina, a LAN se recusa a assinar o acordo coletivo que rege as condições de trabalho no setor.
A categoria enfrentou um regime de contratos multi-partido como "covenants” (cláusulas contratuais de títulos de dívida, que protegem o interesse do credor estabelecendo condições que não devem ser descumpridas) e inibem a proteção do acordo coletivo de trabalho e a força resultante da lei, dando condições iguais para todos os membros da tripulação.
A tripulação na LAN Argentina é o único setor da empresa que continua sob este tipo de acordo individual que poderiam ser alterados pelo empregador a qualquer momento.
Darío Castillo, presidente do sindicato de técnicos aeronáuticos da LAN Chile, declarou “estamos trabalhando juntos em todos os países para conseguir as melhorias para todos os setores da LAN e da TAM. Apoiamos a luta dos comissários de voo pelo contrato coletivo”.
A coordenadora do Red Sindical LATAM, filiada à Federação Internacional de Transportes (ITF), Dina Feller ressalta que o novo acordo coletivo do SITALANPE tem o poder de trazer igualdade aos trabalhadores peruanos e a indústria.
“Temos visto que a empresa tem condições de negociar acordos justos se quiser. Isso se reflete nas equipes de contrato coletivo Express LAN Chile e aeroviários no Brasil. No Paraguai a empresa prometeu contratar tripulantes e pilotos paraguaios. Temos agora uma proposta aprovada pela assembleia no Peru para técnicos do SITALANPE. A questão restante é porque a empresa continua a negar o direito de negociação coletiva aos comissários de voo”, questiona.
Redação Sindigru com ITF
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