Após manifestação, PROAIR recua na jornada de 8 horas

Terminou na tarde de terça-feira, 22, a manifestação dos aeroviários na PROAIR, empresa auxiliar responsável pelo transporte de bagagens e cargas, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, o GRU Airport. O movimento, organizado pelo Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos de Guarulhos (Sindigru/CUT), iniciou na madrugada e contou com adesão de 100 trabalhadores do 1º turno. Os trabalhadores protestaram contra a jornada de 8 horas na pista, o assédio moral, descontos indevidos na cesta básica entre outras questões.
Após reunião com dirigentes do Sindigru, a gerência de RH da empresa, ligada ao grupo Protege, recuou na implantação da jornada de 8 horas, respeitando a Lei 1232 de 1962, que regulamenta a profissão de aeroviário e determina a carga horária na pista de 6 horas. A PROAIR se comprometeu com o Sindicato a pagar novamente os domingos e feriados, a suspender demissões arbitrárias, a realizar reuniões para discutir o grave problema do assédio moral e também não vai descontar a cesta básica. “Negociamos com a empresa que não desconte o dia parado e que não aconteça nenhuma retaliação aos funcionários que participaram do movimento. A greve dos companheiros na PROAIR foi vitoriosa. Todos estão de parabéns, o trabalhador confia e  reconhece o nosso Sindicato”, declara o presidente do Sindigru/CUT, Orisson Melo.

Reunião sobre Periculosidade
Com relação ao pagamento do adicional de periculosidade, outra reivindicação do Sindicato, a PROAIR agendou uma reunião no próximo dia 28, às 10h. Orisson disse que a empresa sinalizou pagar só os operadores e os auxiliares, deixando de fora os agentes de proteção, o pessoal da limpeza e os auxiliares que ficam nas esteiras. “Deixamos claro que não aceitamos esta proposta, o direito vale para todos”, enfatiza.
O Sindicato já ajuizou ação exigindo o pagamento ao adicional de periculosidade para todos os funcionários em empresas auxiliares no Aeroporto de Guarulhos. As companhias aéreas já iniciaram o pagamento deste importante direito, graças à ação movida pelo Sindigru/CUT.

Fora Piratas!
Durante a paralisação, os aeroviários rechaçaram representantes do Sindicato pirata “Sinteata” – que nunca representou os trabalhadores, ao contrário, tem atuado ao lado da empresa – com vaias ao som “Fora Sinteata”.

Redação Sindigru/CUT