Para debater estratégias contra a precária e grave situação dos mecânicos da LATAM no GRU Airport, o Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru) realizou na manhã desta quarta-feira (15) assembleia com a categoria nas trocas de turno, no aeroporto.
Os trabalhadores aprovaram os seguintes encaminhamentos: ação judicial do Sindicato contra a empresa se retirado o adicional de periculosidade; denúncia de irregularidades para Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e de combate ao assédio moral ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
Além disso, também ficou acertada a criação de uma Frente Parlamentar para Segurança da Aviação Civil e o Sindicato realizará mobilizações permanentes de luta em defesa dos mecânicos da aviação.
Apoio
A assembleia teve o apoio internacional e a presença de companheiros do Sindicato dos Aeroviários da Colômbia (Sintratac), Daniel Gallo, vice-presidente; Dario Alfaro, dirigente do Sindicato de Manutenção Aeronáutica do Chile, da companheira Dina Feller, comissária da LATAM Argentina e membro da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF) e a solidariedade dos Sindicatos dos Trabalhadores em Empresas Auxiliares (Sintaag), da Alimentação, dos Condutores, dos Bancários e da CUT Guarulhos.
Entenda o caso
Em abril, a LATAM convocou os mecânicos de todos os turnos para informar que eles serão transferidos para um novo hangar (Centro de Manutenção), mas não receberão o adicional de periculosidade, ou seja, os 30% a mais no salário garantidos por Lei para os trabalhadores que estão expostos a condições de risco à vida no ambiente laboral.
No mesmo mês o Sindigru teve uma reunião com a LATAM, mas a empresa foi intransigente e manteve a decisão de retirar o direito. O Sindicato tentou negociar uma prorrogação do benefício para não impactar na vida financeira dos trabalhadores, mas a empresa não aceitou.
Para o Sindicato, a medida da empresa é gravíssima porque passa por cima de todas as normas regulamentadoras de trabalho que preveem esse adicional para quem atua em áreas de risco à vida e à saúde. "Se o risco é grave e existente, como a empresa poderia retirar o adicional?", questiona a direção do Sindigru.
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