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Sindigru alerta população guarulhense sobre retrocessos da Reforma da Previdência de Bolsonaro e convoca todos pra luta

Em celebração ao Mês Internacional de Luta das Mulheres, a mobilização também alertou sobre os impactos que a Reforma terá na vida das mulheres

Para alertar a população guarulhense sobre a nefasta reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), que significa um duro golpe na classe trabalhadora, o Sindigru realizou na manhã desta quinta-feira (7) um ato no centro de Guarulhos. Também participaram da panfletagem sindicatos do Núcleo Sindical Cidadão de Guarulhos.

Em celebração ao Mês Internacional de Luta das Mulheres,  a mobilização também alertou sobre os impactos que a Reforma terá na vida das mulheres. A proposta atual diminui a diferença de idade de aposentadoria entre homens e mulheres de 5 para 3 anos.  Embora as mulheres tenham consolidado sua participação no mercado de trabalho, elas ainda são responsáveis por todo o trabalho doméstico e de cuidados nas suas casas, o que as ocupa com uma média de 20h semanais a mais de trabalho. Essa dupla jornada de trabalho não consta nas estatísticas oficiais e nem tem contribuição previdenciária.

Outro ponto que ataca mais às mulheres é o aumento de 30 para 40 anos de contribuição para o recebimento da aposentadoria integral. Atualmente cerca de 30% das mulheres se aposenta por tempo de contribuição. “Para nós, mulheres, já era muito difícil conseguir 30 anos de contribuição comprovada, imagine agora 40!” alerta a diretora do Sindigru, Debora Cavalcanti.  

Reforma da Previdência de Bolsonaro

A Proposta de Emenda Constitucional, PEC da reforma da Previdência, do governo Bolsonaro quer acabar com o sistema público de aposentadoria e entregar a administração da Previdência aos bancos, introduzindo o chamado regime capitalização em substituição ao de repartição que vigora ainda hoje no Brasil. 

A diferença é que no modelo anunciado e defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, patrões e governos deixam de contribuir e a poupança da classe trabalhadora passa a ser gerida pelos banqueiros, que certamente vão lucrar muito com a mudança, em detrimento dos aposentados.

Em países como Chile, onde tal mudança foi implantada pelo general-torturador Augusto Pinochet há mais de 30 anos, os resultados estão sendo colhidos e conhecidos agora: 90,9% dos que se aposentaram no regime de capitalização recebem menos de 50% do salário mínimo e estão condenados à pobreza extrema.
 

22 de março: Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência

Na sexta-feira (22)  será realizado em todo o país o Dia Nacional de Luta e Mobilização em Defesa da Previdência. A mobilização, segundo as centrais sindicais, é um aquecimento rumo a uma greve geral em defesa das aposentadorias.

“Não podemos permitir este retrocesso no Brasil, onde o aposentado não pode receber menos que o piso nacional e a Previdência Pública é o maior e mais eficaz programa de distribuição de renda já criado. Reaja. Participe da luta contra a reforma da Previdência de Bolsonaro, que é ainda pior do que a proposta pelo governo Temer”, finaliza a direção do Sindigru.

 

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