Os aeroviários e aeroviárias que trabalham na Avianca no Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos rejeitaram a proposta da empresa em parcelar as verbas rescisórias em casos de eventuais demissões.
A decisão foi aprovada em assembleias, convocadas pelo Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru), no dia (5), que reuniram trabalhadores e trabalhadoras nos turnos da manhã e tarde no Aeroporto.
Segundo o presidente do Sindigru, Rodrigo Maciel, os trabalhadores não aceitaram essa possibilidade por que a empresa declarou em reunião com o Sindicato que as demissões seriam mínimas e não em massa e, portanto, não estariam relacionadas à recuperação judicial.
O Sindigru informou aos trabalhadores sobre o processo de recuperação judicial da empresa.
“Todos os trabalhadores estão em alerta e informamos que foi criado um canal de comunicação do Sindicato com a categoria para que sejamos organizados na hora de atuar”, disse Maciel.
Recuperação judicial
A Avianca, quarta maior companhia aérea do país, entrou com pedido de recuperação judicial em dezembro de 2018, após anos de crescentes prejuízos e atrasos em pagamentos de aeronaves.
O pedido de recuperação, ao mesmo tempo em que protege os credores, não cobre arrendamentos, que são a fonte de toda a frota de 46 aeronaves da empresa.
Em matérias veiculadas na imprensa, a empresa apresentou à Justiça, no último dia 1º de fevereiro, seu plano de recuperação judicial.
Segundo as apurações da imprensa, a proposta da companhia aérea é criar uma "Unidade Produtiva Isolada" – espécie de empresa que ficaria com os direitos de pousos e decolagens (no jargão do setor, slots) da Avianca, além dos aviões arrendados – e leiloá-la.
Ainda de acordo com a mídia, essa nova empresa não herdaria as dívidas da aérea e receberia um aporte de US$ 75 milhões de algumas instituições, entre elas o fundo americano Elliott Management – que é credor dos irmãos Efromovich, donos da Avianca, em outros negócios.
O Sindigru se habilitou como parte no processo da recuperação judicial. Até abril, o Sindicato convocará a categoria para novas assembleias que irão debater a participação na questão dos credores.
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