Nesta quinta-feira (20) é celebrado o Dia do Mecânico de Aeronaves, profissão extremamente importante na aviação civil, que é responsável pela segurança de voo de milhares de passageiros. Mas infelizmente, esses trabalhadores são vítimas da perversa política de precarização da mão de obra por parte de algumas empresas aéreas.
De acordo com denúncias feitas à FENTAC, algumas empresas aéreas brasileiras estão sobrecarregando os profissionais 'orange cap' (boné laranja, em inglês), 'blue cap' (boné azul) e o DOT (Despachante Operacional Terrestre) que atuam na pista acompanhando a colocação das bagagens e o serviço de rampa para fazer outras funções pertinentes aos mecânicos de pátio de hangar e oficinas. Isso é um absurdo porque esses profissionais já estão assumindo responsabilidades a mais do que já têm e não possuem a qualificação técnica exigida para a função de mecânico. Há relatos também que o próprio piloto ou o copiloto estão fazendo essa inspeção.
Essa medida, utilizada para reduzir custos, tem sido adotada no dia a dia pelas empresas com anuência da Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC). Elas justificam que as aeronaves não precisam do mecânico de pista porque são “modernas” e que não há exigência de um profissional para a tarefa de inspeção.
Para o Sindigru, essa prática é extremamente grave porque pode acarretar consequências desastrosas e colocar em risco a vida e a integridade de milhões de passageiros que voam nos aviões das companhias.
Segundo a Associação Brasileira de Mecânicos de Manutenção de Aeronaves (ABMMA), no Brasil há 12.000 mecânicos de aeronave.
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