Para garantir a manutenção e obras emergenciais, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estuda aumentar a tarifa da água acima da inflação. De acordo com o presidente da Companhia, Jerson Kelman: "por conta da falta de água, estamos vendendo muito menos água do que a população deseja consumir. Isso (a queda do lucro em função do baixo consumo) dificulta a condição da Sabesp de fazer obras emergenciais para enfrentar o período seco", explica. A previsão é de que o aumento tarifário seja autorizado após uma reunião com a diretoria da companhia em abril.
Rodízio
O presidente da Companhia afirmou que, com o cenário atual, as possibilidades de rodízio de água na Grande São Paulo são "um evento de baixa probabilidade". Segundo ele, o risco está praticamente afastado devido ao estoque de água atual e ao cronograma de obras emergenciais.
Kelman refere-se ao rodízio formal. Hoje os consumidores atendidos pelo Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 6 milhões de pessoas na região metropolitana, enfrentam há meses um racionamento com a redução da pressão, interrompendo o abastecimento em parte do dia.
Água contaminada
O diretor metropolitano da companhia, Paulo Massato, acrescentou que se houver rodízio a água pode ser contaminada e a população pode ter disenteria, mas não demonstrou preocupação, pois segundo ele, é considerada uma doença com pouco risco de morte.
Redação Sindigru com Carta Capital e Agência PTAlesp
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