Cerca de 300 aeroviários da base da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (FENTAC/CUT) realizaram na manhã desta segunda-feira (22) um protesto relâmpago de 90 minutos no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília.
O ato é contra a intransigência da bancada patronal do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA) que se recusa em avançar em uma proposta de reajuste salarial com aumento real no salário. Os trabalhadores reivindicam 11% de aumento salarial e aplicação deste índice nos demais itens econômicos.
Os manifestantes bloquearam por aproximadamente 50 minutos as vias de acesso ao aeroporto e a entrada principal do terminal foi fechada. Os guichês de todas as companhias aéreas foram atingidos e voos foram cancelados. De acordo com a assessoria da Federação, a polícia agiu com truculência e borrifou gás de pimenta nos manifestantes e na imprensa.
Os trabalhadores aguardam uma nova proposta das empresas aéreas com aumento real. “Esse ato demonstra a unidade da categoria. Esperemos que as aéreas façam uma contraproposta digna, pois não dá para aceitar que as empresas não têm condições de melhorar os salários, os números comprovam um cenário completamente diferente”, disse Luiz da Rocha Cardoso Pará, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA/CUT) e dirigente da FENTAC.
A ação foi coordenada por dirigentes dos sindicatos dos aeroviários filiados à Federação de Guarulhos, Campinas, Recife, Porto Alegre e da base do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), que representa 22 estados.
Apoio
O ato tem apoio dos militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística da CUT (CNTTL) e da CUT/DF.
Próxima rodada de negociação
A negociação entre o SNEA e a FENTAC/CUT continua e está prevista para o dia 7 de janeiro de 2015, (quarta-feira), às 14h30, na sede do sindicato patronal,no Ibirapuera, em São Paulo.
Aeronautas
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA/CUT) convocou assembleias nesta segunda-feira (22) a partir das 13h30 (1ª convocação) e 14h (2ª convocação) em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Belém e Campinas. Na ocasião, a categoria avaliará os rumos da Campanha Salarial.
O presidente da FENTAC/CUT, Sergio Dias, que é Comissário de voo na Gol, participará da assembleia no Aeroporto Santos Dumont, no Rio.
Em Campanha
A data-base das categorias é 1º de dezembro e estão em campanha cerca de 70 mil aeronautas e aeroviários em todo o País. A base da Federação é representada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA/CUT), pelos Sindicatos regionais dos Aeroviários de Guarulhos, Porto Alegre, Campinas, Recife e pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA/CUT), que representa 22 estados.
Hotsite da Campanha
Os slogans da Campanha Salarial da FENTAC são “Desafio a empresa a me valorizar” e “Chega de Ganhar Mal, Queremos mais Direitos e Ganho real”. A entidade fez um hotsite(www.aeronautaseaeroviarios.com.br) que traz informações sobre a aviação civil no Brasil, no mundo, comparativos dos salários nos últimos anos, perfil das categorias, receita das companhias aéreas e imagens da repercussão da Campanha nos aeroportos de todo o Brasil.
Reivindicações das categorias
Aeroviários
– Reposição da Inflação com aumento real de 11%;
– Reajustes nos pisos salariais de 11% para: auxiliares de serviços gerais e de manutenção de aeronaves; agente de proteção; operador de equipamento; mecânico de manutenção de aeronaves e despachante/agente de check-in/aeroporto;
– Criação de piso para agente de Check-in;
– Vale refeição R$ 16,65 para os aeroviários com jornada de trabalho de até 6 horas, e de R$ 22,71 para os demais;
-Seguro de vida: total ou parcial, no valor de R$ 20.000,00;
– Fornecimento de cosméticos quando exigido;
– Cesta básica de R$ 326,67;
– Jornada de trabalho de 36 horas semanais, exceto para os aeroviários que laborem em funções administrativas, que neste caso será de 40 horas semanais;- Creche e/ou escola de educação infantil para filhos de aeroviários e aeroviárias.
– Remuneração das horas de solo;
– Plano de previdência privada.
Redação FENTAC/CUT – última atualização às 16h12
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