O Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo já registra este ano um recorde em investigações de casos de assédio moral no estado. Se em 2009 o volume de queixas foi de 438, apenas nos primeiros nove meses deste ano já são 962. O balanço não informa, no entanto, as empresas denunciadas nem as categorias trabalhistas das vítimas.
O assédio moral no trabalho ocorre quando o funcionário é exposto a situações humilhantes e constrangedoras pelos gestores, muitas vezes na frente de outros colegas, e de forma repetida.
Companhias aéreas na mira
Essa prática imoral e ilegal tem atingido diariamente os aeroviários no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O SINDIGRU tem recebido denúncias dos trabalhadores que relatam abusos e coações impostas por pessoas da chefia e supervisores de companhias aéreas/empresas auxiliares que chegam ao absurdo de cronometrar o tempo de ir ao banheiro e o atendimento nas filas de check-in.
“Recentemente, recebemos denúncias de que gestores na Aerolineas Argentinas praticam assédio moral, coagindo os trabalhadores a cumprirem as mudanças arbitrárias de turnos, sob pena de ser demitidos”, alerta Rodrigo Maciel, diretor jurídico do Sindicato, trabalhador na GOL.
A diretora de comunicação, Débora Cavalcanti, trabalhadora na TAM, conta que a companhia chegou ao absurdo de promover uma Campanha para eleger o pior funcionário, o WC. “Quando conto, as pessoas não acreditam de tão absurdo que é”, frisa.
O Sindicato tem denunciado estas práticas ilegais e desumanas, bem como tem cobrado das companhias e empresas aéreas medidas de prevenção e combate a esta prática imoral no local de trabalho. “Em alguns casos, conseguimos o afastamento de algumas chefias. Para combater esta prática imoral orientamos o trabalhador a denunciar ao Sindicato”, finaliza Maciel.
Redação SINDIGRU
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