A Câmara dos Deputados aprovou na segunda (3), em votação simbólica, um projeto de lei que passa o serviço telefônico de atendimento a mulheres vítimas de violência à Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), operada pelo Executivo. A proposta será votada também pelo Senado.
A medida foi proposta pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher. Na legislação atual, o serviço fica a cargo das delegacias especializadas de Atendimento à Mulher ou das delegacias da Polícia Civil nos locais onde não exista esse serviço especializado.
De acordo com a CPMI, a alteração busca adequar a legislação ao real funcionamento do serviço porque as delegacias responsáveis não atingem 10% dos municípios, estando concentradas nas capitais e grandes centros urbanos.
Campanha Eu Ligo 180
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Ideli Salvatti, acompanhou nesta quarta (4), o evento de apoio à campanha Eu Ligo 180 – que contou ainda com a participação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Eleonora Menicucci.
No evento, realizado no Salão Nobre do Senado, foi também lançado o aplicativo para celular Clique 180. Semelhante ao Proteja Brasil, o aplicativo permite acesso direto à Central de Atendimento à Mulher 180, serviço disponível 24 horas por dia que recebe e encaminha denúncias, oferecendo orientações a respeito de marcos legais como a Lei Maria da Penha e locais de risco para as mulheres em cidades. As ligações são gratuitas.
Ideli Salvatti elogiou o desenvolvimento do aplicativo, bem como o lançamento da campanha Ligue 180. "Estamos aqui para reforçar o time daqueles que não toleram violência contra as mulheres”, destacou a ministra. “Por isso, ligue 180 e faça sua parte cidadã".
O aplicativo Clique 180 foi desenvolvido pela ONU Mulheres e a SPM e está disponível para os sistemas IOS e Android. Pode ser baixado na Apple Store ou na Google Play. Basta digitar Clique 180 e seguir os passos de instalação.
Redação Sindigru com Agência Brasil Secretária de Políticas para as Mulheres
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