Após reunião com o Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru/CUT), ocorrida na terça-feira (20), a PROAIR/SEA, empresa auxiliar do Grupo Protege, irá pagar o adicional de periculosidade para 350 Agentes de Proteção da Aviação Civil (APACs), no Aeroporto de Guarulhos.
O diretor do Sindicato e trabalhador na PROAIR, Ademar Oliveira Lima, acompanhou a negociação e disse que o pagamento será retroativo aos meses de março, abril e maio e será efetuado na folha de pagamento do dia 6 de junho. “90% dos APACs receberão este importante direito. O adicional é no valor de 30% sobre o salário base e não pode ser descontado”, explica.
Lima ressalta que ainda faltam receber a periculosidade 10 APACs distribuídos no DHL (área restrita que armazena cargas químicas, perigosas ou não), no Terminal de Cargas do Aeroporto (TECA), responsáveis pelas cargas nacionais e internacionais, e 21 mecânicos do GSE (área onde ficam os equipamentos das aeronaves) e do pátio de manobras. “A PROAIR/SEA se comprometeu a dar uma resposta até a próxima quarta-feira (28)”, comenta.
O dirigente acredita que faltou informação por parte de alguns representantes da empresa que não souberam explicar porque estes profissionais não poderiam receber o adicional. Lima também disse que caso a empresa não se posicione até a data sobre o pagamento, os trabalhadores não entrarão nos seus locais de trabalho.
Pessoal da Limpeza e Ação
A PROAIR/SEA se recusou a pagar o adicional de periculosidade para os 130 agentes do setor de limpeza, cometendo uma grande injustiça na avaliação do Sindigru/CUT. “Estamos chateados porque estes companheiros foram excluídos pela empresa. Esta foi a terceira reunião e a companhia alega que, em razão da legislação aeronáutica, não pode pagar porque estes trabalhadores deveriam trabalhar a bordo. Isso é um absurdo”, relata.
Ademar Lima explica que o pessoal da limpeza limpa a aeronave no chão e não no ar. “Quando o avião pousa, eles limpam por dentro, tiram os sacos de lixo dos banheiros e depois os repõem. Agente de limpeza faz a limpeza no solo e não a bordo”, reforça.
Ação judicial
Tramita na Justiça do Trabalho uma ação do Sindicato que reivindica o pagamento do adicional de periculosidade retroativo ao período de cinco anos, como determina a legislação. “Temos a primeira audiência marcada em outubro. Nesta ação, todos os aeroviários na PROAIR/SEA, destacando os companheiros na limpeza, estão contemplados”, finaliza.
Viviane Barbosa, da Redação do Sindigru/CUT
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