Deu na coluna da Mônica Bérgamo. Está lá, com todas as letras, em duas notinhas, na Folha de S.Paulo. Vamos transcrever aqui, na íntegra, para vocês tomarem conhecimento e, também, facilitar para o governo tucano do dr. Geraldo Alckmin – estamos generosos hoje, hein! – que se não mandou ainda para a redação do Folhão, na certa está redigindo um desmentido a respeito. Especialidade dele: fazer obras que evitem o problema, não, mas anunciá-las sim e desmenti-los quando eles surgem, também. Vamos lá ao que publica a coluna da Mônica:
Falta d’água em SP afeta 23% da população nos últimos três meses
A falta d’água no Estado de São Paulo afetou 23% dos paulistas nos últimos três meses. O índice sobe para 35% na região metropolitana, contra 30% na capital e 14% no interior. O problema é duas vezes maior entre as famílias de menor renda, atingindo 12% dos que ganham mais de dez salários-mínimos e 25% entre os que recebem até um salário.
DESERTO 2
Os dados são de pesquisa do Instituto Data Popular, que ouviu 18.534 pessoas em 70 cidades do Estado. Pelo levantamento, 59% dos paulistas acreditam que sofrerão com falta d’água até o fim do ano. E apontam como principal culpado pelo problema o governo estadual (41%), a Sabesp (29%), o governo federal (9%) e a falta de chuva (7%).
Vamos aos números
De acordo com o IBGE, a capital paulista tem 12 milhões de habitantes, a região metropolitana de São Paulo, 20 milhões e o Estado, 44 milhões de habitantes.
Então, no Estado (23% segundo a pesquisa), mais de 10 milhões milhões de moradores já foram afetados pelo “problema hídrico” este ano. Na capital,(30%), um total de 3,6 milhões e na região metropolitana (35%), cerca de 7 milhões.
A maioria eleitores. Entenderam por que o dr. Geraldo Alckmin, candidato a reeleição em outubro para tentar ser governador do Estado pela 4ª vez tem medo – medo, não, pânico – de assumir que há racionamento de água no Estado? Pavor de falar a palavrinha mágica, racionamento? Porque seu governo e os dos outros tucanos não tomaram as providências que deveriam ser adotadas para não se chegar a essa situação. E ainda vêm com essa conversa para boi dormir de que o problema da falta de água e o racionamento decorrem da falta de chuva. É querer botar a culpa em São Pedro…
E mais: porque 70% da população do Estado culpam o governo do Estado pela falta de água – são 41% os que culpam o governo Alckmin e outros 29% os que culpam sua estatal de abastecimento de água, a SABESP.
Se esse “afeta” não é racionamento, falta, rodízio de abastecimento de água, “questão hídrica do Estado” como gosta de dizer o governo do dr. Geraldo Alckmin, então não dá para saber o que é racionamento, falta, rodízio de abastecimento de água…
Redação Sindigru com Blog do Zé Dirceu
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