Cerca de 100 aeroviários na PROAIR, empresa auxiliar responsável pelo transporte de bagagens e cargas, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, GRU Airport, entraram em greve na madrugada desta terça-feira, dia 22. A paralisação é organizada pelo Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru/CUT).
Os trabalhadores protestam contra a jornada de 8 horas na pista, a carga horária por Lei é de 6 horas, o assédio moral, o desconto na cesta básica e exigem mais funcionários por turno. “Os aeroviários na PROAIR estão vivendo um ambiente de extrema exploração e precarização no trabalho”, explica, Orisson Melo, presidente do Sindicato.
Segundo o sindicalista, a categoria está revoltada com a truculência da empresa. “A PROAIR divulgou um comunicado informando que a jornada de trabalho passará a ser de 8 horas e os domingos não mais serão remunerados. Essa atitude é um afronta à Lei e coloca em risco a segurança de voo”, disse.
Melo orientou os trabalhadores a não assinarem alteração de contrato de trabalho com a PROAIR e com nenhuma empresa auxiliar. “A Lei 1232 de 1962, que regulamenta a nossa profissão de aeroviário, é clara em seu artigo 20: a duração normal do trabalho do aeroviário, habitual e permanente empregado na execução ou direção em serviço de pista, é de 6 (seis) horas”. Portanto, a Lei deve ser cumprida”, relata o dirigente.
O Sindicato entrou com processo judicial para garantir que a PROAIR não obrigue a alteração no contrato de trabalho e cumpra a regulamentação profissional. A entidade também ajuizou ação exigindo que a empresa pague o adicional de periculosidade. As companhias aéreas já iniciaram o pagamento deste importante direito, graças à ação movida pelo Sindigru/CUT.
Greve continua
O Sindigru/CUT informa que a paralisação na PROAIR no Aeroporto de Guarulhos continuará até que a empresa atenda as reivindicações da categoria.
Viviane Barbosa, editora do Sindigru/CUT
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