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O futuro da aviação no país está em nossas mãos

EDITORIAL Apesar de não termos nos refeito – nós trabalhadores – da falência de empresas que detinham ampla fatia no mercado de aviação brasileiro, ou estarmos vivendo a insegurança dos processos de recuperação judicial no setor, fatos atuais surgidos a partir da gestão encabeçada por Solange Vieira na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) podem dar novo rumo a nossa história, mas ainda passam desapercebidos pela maioria.

Estamos falando da desnacionalização do transporte aéreo brasileiro, conquistada em 1927 pela Condor e Varig e mantida ao longo de todos esses anos por governos que, apesar de seus erros, permitiram a manutenção dos serviços em bandeira nacional.

Contudo, a Anac, com o apoio do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e da Secretaria de Aviação Civil, vem promovendo medidas que, uma a uma, entregam nosso mercado às companhias aéreas estrangeiras e ao capital internacional. Estamos falando da desnacionalização do transporte aéreo brasileiro e de um cenário em que empresas como TAM e Gol poderão ser engolidas por companhias americanas e européias, ou esmagadas.

As medidas da Anac, contrariando as normas do Conac e a Política Nacional de Aviação Civil, “abrem as porteiras” paulatinamente. Eliminam qualquer proteção às companhias brasileiras em relação às tarifas, colocam em risco os empregos no setor, põe à venda os principais aeroportos administrados pela Infraero.

É a globalização neoliberal, sem proteção à economia nacional, no seio do governo Lula. Um processo que já começou, só pode ser freado pelo próprio governo, deveria ser transformado em inquérito policial e cujas consequências serão trágicas e os argumentos inexplicáveis.

O Sindicato está lutando contra essas medidas e precisa do seu apoio. Neste momento, ser sócio da entidade e participar de suas lutas é muito maior que qualquer debate corporativista. Por que a luta que precisamos travar não irá defender apenas os nossos direitos como trabalhadores do setor – que são e sempre serão muito importantes – mas irá definir o futuro da aviação no Brasil. Por maior que seja, está questão está em nossas mãos.

Filie-se. Participe do Sindicato.
Contamos com você.

 

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