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Aeroviários em Guarulhos mantêm estado de greve na Gol/VRG

Companhia não admite irregularidades em audiência no MPT-SP e terá que depor em Brasília O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos participou, na última sexta-feira (22/10), de audiência com a Gol/VRG, no Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP).

O objetivo foi tentar avançar na demanda dos trabalhadores junto a companhia, mas a Gol novamente não assumiu as irregularidades, nem apontou alternativas para superar os problemas levantados pelas entidades sindicais. Além do Sindigru, participaram da reunião representantes do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre e Fentac/CUT.

O Sindicato Nacional dos Aeroviários irá esperar até 1º de dezembro para que a Gol cumpra as metas combinadas em audiências anteriores no MPT-SP.

Assédio contra trabalhadores será denunciado ao MPF

Os casos relacionados a assédio moral e descumprimento das escalas de trabalho na Gol/VRG serão remetidos pelo MPT-SP ao Ministério Público Federal (MPF), em Brasília, para que o órgão instaure processo investigatório, baseado nas provas e fatos relatados pelos sindicatos. Com isso, os gestores da companhia terão de depor, e a empresa terá de comprovar o fim das irregularidades para não ser punida.

Fatos graves envolvendo a segurança de voo e o incidente no aeroporto de Salvador, em maio deste ano, quando trabalhadores da Swissport, a serviço da Gol, foram expostos a material cancerígeno transportado como carga, também serão levados ao MPF. “A Gol não se defendeu nem se opôs a nada na audiência, e a máscara deve cair em Brasília”, ressaltam os sindicalistas.

Operação padrão em Cumbica

O movimento dos aeroviários em Cumbica, que resultou em operação padrão, em 8 de outubro, continuará sob mediação do MPT-SP. A Gol/VRG não se comprometeu, durante a audiência, em dar conta de nenhuma das demandas dos aeroviários na base de Guarulhos.

Em razão dessa postura, o Sindigru pretende convocar assembleia de trabalhadores para deliberar sobre a deflagração de uma greve. Apesar de a Gol/VRG não se pronunciar sobre a operação padrão oficialmente, a empresa tem pressionado os funcionários internamente, o que demonstra o poder da categoria com o movimento e a importância de manter a unidade até que a Gol/VRG atenda às demandas.

O Sindigru também pediu a atenção do MPT-SP a fim de evitar qualquer retaliação da companhia junto aos aeroviários, que aderiram ao movimento em todos os setores da empresa.

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